Muito ouve-se falar de Leishmaniose, mas, você sabe o que é? Eu mesma só tinha ouvido falar por alto, e fiquei sabendo de casos isolados, como aconteceu com o Cão Coragem, um Beagle de um amigo meu. Mas só começei a me interar do assunto de verdade por agora, por um infortúnio do acaso. Por isso fiz uma pesquisa e não satisfeira, fiz uma entrevista com a Veterinária Cecília, que cuida do Alfred há muitos anos já.
A leishmaniose é uma doença não contagiosa causada por parasitas (protozoários do gênero Leishmania) que invadem e se reproduzem dentro das células que fazem parte do sistema imunológico da pessoa/cão infectado. É uma doença crônica, de manifestação cutânea (que causa feridas na pele) ou visceral (que afeta alguns órgãos internos como fígado, medula óssea e baço). Os mosquitos transmissores são chamados de flebotomíneos ou flebótomos (também conhecidos como mosquito palha ou birigui). Os protozoários são libertados no sangue junto com a saliva dos flebotomíneos (em inglês são denominados sand flies) no momento da picada.
A leishmaniose é transmitida através da picada de um mosquito. Geralmente a doença acomete cães sadios, enquanto nos humanos tem predileção por pessoas com imunidade diminuída (crianças, idosos, doentes).
Existe uma polêmica danada causada pelo extermínio de cães positivos e aconteceu em Araçatuba-SP um fato que, devido a um erro do laboratório, mais de 400 cães que não eram positivos foram sacrificados. É comum os exames darem um falso positivo, por isso, façam o exame mais de uma vez em laboratórios diferentes. Pelo que me informei, a Zoonose de BH, se fizer o exame e o resultado for positivo, o cão é obrigado a ser sacrificado. Porém, as universidades e as clínicas particulares oferecem um tratamento bem eficaz para a doença.
A meu ver, a prefeitura obriga a sacrificar os cães porque é a solução mais fácil e de maior controle para ela. O que eu não entendo é: se o cão não trasmite a doença, porque elimiar o cão e não o mosquito? O buraco é muito mais embaixo. Além disso, falta informação consistente à população. Se todos os cães do mundo fossem eliminados, provavelmente o problema não acabaria. Porque não é o cão que é o vilão da história, não é ele que transmite a doença para outros cães e o homem É O MOSQUITO! Sem o mosquito não haveria o ciclo. O contato cão-cão ou cão-homem não dissemina a doença.
Se o cão estiver infectado existe tratamento, porém, esse tratamento não oferece a cura da doença. O que o tratamento faz é dar boa qualidade de vida e maior longevidade aos animais. Ou seja, ele continua portador, mas pára de sofrer e tem os sinais da doença amenizados.. Para não transmitir a doença, ele deve usar um repelente para mosquitos. Existe uma coleira chamada Scalibor, ela garante ter ação anti-pulgas e carrapatos e ação repelente a mosquitos.
O cão, após ser contaminado por um mosquito infectado, apresenta um período de incubação que varia de 2 meses a 6 anos.
Então vamos à entrevista:
1 - Como é a forma de manifestação no cão?
R.: Os sintomas são bastante variáveis, sendo comum o aparecimento de lesões de pele acompanhadas de descamações e, eventualmente, ulceras, perda de peso, lesoes oculares, atrofia muscular e, em alguns casos, crescimento exagerado das unhas. Em um estágio mais avançado, há o comprometimento do fígado, baço e rins, podendo levar o animal à morte.
2 - E no homem?
2 - E no homem?
R.: Febre de longa duração, fraqueza, emagrecimento, palidez, aumento do figado e baço, além de acometer a medula óssea.
3 - Como é transmitida?
3 - Como é transmitida?
R.: Através da picada de flebótomos (insetos) infectados.
4 - Um cão infectado com o protozoário da Leishmaniose oferece algum risco para pessoas com baixa resistência (bebês, idosos)?
4 - Um cão infectado com o protozoário da Leishmaniose oferece algum risco para pessoas com baixa resistência (bebês, idosos)?
R.: A convivência com animal portador apenas torna mais fácil o contagio por facilitar a ação do mosquito.
5 - Qual é a forma de tratamento?
5 - Qual é a forma de tratamento?
R.: O tratamento é indicado para se obter a "cura clínica" do animal, permanecendo o mesmo, na maioria das vezes, como portador da doença. Algumas drogas são usadas juntamente com uma dieta lipoproteica e se necessário, antibióticos e anti-seborréicos
6 - Como previnir?
R.: As medidas de controle da enfermidade adotada até o momento são o combate ao inseto vetor, com a aplicação de inseticida no ambiente, o uso de produtos repelentes no cão. Atualmente já existe uma vacina que protege os cães evitando o desenvolvimento e a transmissão da doença.6 - Como previnir?
A Cecília atende no Cão Carinho (Telefone: (031)3371-0567), que possui vários outros serviços também, inclusive PetShop. O Alfred mesmo só toma banho lá e já fez consultas e cirurgias lá com eles. São todos muito fofos. Quando precisarem de algo, procurem Alexandra, Dani ou Sonia! Elas são muito atenciosas e fofas.
Então, pessoas, vamos disseminar essas informações, para que a gente possa acabar com o preconceito e tentar evitar ao máximo a nossa contaminação e a dos nossos bichinhos.
Fontes da pesquisa:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Leishmaniose
http://www.apasfa.org/quem/leishm.html

xuxuzinhos (as) comentaram
É por isso que eu gosto de miauzinhos... não ficam dodóis de Leishmaniose, pq tadinho dos bichinhos né?
Realmente as pessoas deviam dar mais atenção para eliminar os mosquistos.
É impressionante como as pessoas tendem a ser preconceituosas quando não conhecem as doenças que acometem os bichinhos de estimação.
Seria muito mais legal se todos se dessem ao mínimo trabalho de estudar o assunto antes de emitir opiniões, mesmo que indiretas.
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